
A
escassez da rede credenciada, as dificuldades em gerir o caixa e as
consequentes falhas no atendimento dos planos de saúde têm levado os
beneficiários a recorrerem à Justiça para garantir os serviços. Só no
Ministério Público Federal (MPF) existem 112 investigações (casos
extrajudiciais) e outros 17 processos ou inquéritos policiais em
andamento contra empresas do setor — parte deles oriundos de denúncias
de clientes e outra parcela, de iniciativas do próprio órgão. O assunto é
um dos mais demandados na área de direito do consumidor, ficando atrás
somente dos casos relativos a telefonia e a bancos.
Diante disso, o MPF mantém um grupo de trabalho para acompanhar o
setor e avaliar a atuação da Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS). Segundo o procurador e coordenador da iniciativa, Fabiano de
Moraes, os problemas financeiros enfrentados pelas operadoras — que
acabam refletidos na rede credenciada, cada vez mais deficitária — estão
na origem do problema. “Se o plano não tem condições de se manter, não
vai prestar atendimentos adequados e, consequentemente, terá mais
demandas na Justiça”, explicou.
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